Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

06 - ROMANCEIRO * Dia de Outono



1.


A chuva tanta caída
fez uma poça no largo....

Terra batida, a do largo,
por passos dos descaminhos...

E não há barcos no largo
nem velames de vertigem...

Só há velhos e esta espera
de solidão e de ausência...


2.

Num dia de outono assim,
mataram a esperança...

...a esperança dos barcos
com velames de vertigem...



José-Augusto de Carvalho

13 de Novembro de 2007.
Viana * Évora * Portugal

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