Às vezes, o silêncio esmaga
o tumulto das palavras.
É quando o verbo feito pedra
cai sobre as areias movediças dos pântanos
e sepulta o sorvedouro.
Hoje, as horas feridas gangrenaram
e os assassinos amputaram
as pétalas indefesas da rosa...
Amanhã, quando os tempos outros
calcorrearem os caminhos,
o verbo feito pedra será o padrão
da lenda da rosa dos ventos.
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 28.12.2007
Sem comentários:
Enviar um comentário