Diz o velho rifão que «os cemitérios estão cheios de insubstituíveis».
Vem esta citação a propósito de frases feitas por acções que propiciam situações as mais absurdas. Vejamos o porquê do que digo:
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que os partidos políticos têm estruturas dirigentes, a nível nacional, regional, distrital, concelhio e de freguesia. E a essas estruturas dirigentes ascendem, em teoria, pelo menos, os indivíduos considerados mais capazes de respeitarem e fazerem respeitar as propostas políticas que emanam da ideologia de que se reclamam. Daqui se infere que os candidatos a quaisquer actos eleitorais deverão ser encontrados nas respectivas estruturas. E assim se honrará a credibilidade do partido político enquanto tal. Agir de modo diverso é encontrar, de empréstimo, a credibilidade que não tem quanto baste para tentar alcançar os objectivos pretendidos junto do eleitorado.
E foi intencionalmente que disse ascenderem, em teoria, os mais capazes às estruturas dirigentes. Ora, pois, todos sabemos haver, aqui e ali, intenções outras, que determinam a designação de elementos menos capazes. E este nepotismo ou compadrio provoca as tais situações de ascensão de insubstituíveis exactamente porque, viciada a norma, dificilmente haverá uma possibilidade de escolha razoavelmente qualitativa. E aqui temos uma situação artificial originando um facto consumado.
Claro que Maquiavel se rirá no túmulo destes aprendizes de feiticeiro, mas eles vão sobrevivendo, essa é que é essa! E descredibilizando os partidos políticos de que se servem, também.
É triste? Pois é! Mas é o que temos, para nossa vergonha enquanto cidadãos.
Gabriel de Fochem
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