Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

05 - REFLEXÕES * Os insubstituíveis - 3

O meu texto «Os insubstituíveis - 1» mereceu o comentário que transcrevo, na íntegra:

astracan disse...
Desde há algum tempo para cá, uns anos, que cada vez me é mais difícil... votar.Exactamente pelas razões que aqui são apresentadas. Nem os partidos me oferecem algo de substancial, consistente e/ou credível, nem os "independentes" o são realmente e, sendo-o, exige-me o número de anos que passarem desde o meu nascimento, e o que vi durante essa passagem, não acreditar que político "independente" à partida o seja durante o mandato e, muito menos, no fim. A política, quer seja "independente" ou partidária, serve na esmagadora maioria dos casos(e não digo na totalidade para deixar uma réstea de esperança no ar)os políticos, eles mesmos, seus familiares, amigos e "companheiros"(poderia dizer cúmplices) de partido. E o que mais dói é que, este "estado de coisas", dá-se de uma ponta à outra do leque partidário. Como isto se resolve? Não sei...
21 de Abril de 2009 23:21


O meu leitor, que preferiu assinar o seu comentário com o pseudónimo "astracan", releva uma situação comum - a de desencanto pelos cidadãos eleitos para a administração da res publica.

É uma situação deveras preocupante. Quem viveu, como eu vivi, os anos da mordaça e sonhou com a legitimidade democrática, sente este desencanto. E quem não viveu os tempos da ditadura, escapando-lhe, portanto, o termo de comparação vivido dia a dia, é possível que se interrogue sobre a bondade desta democracia que é a nossa. E muito de negativo encontrará para servir de base de sustentação à sua interrogação.

Um dado adquirido é, evidentemente, a possibilidade de todos nós elegermos os nossos representantes nos diversos patamares do Poder. Hoje, sem dúvida, elegemos: o Presidente da República; os Deputados da Assembleia da República, e desta eleição deriva o Governo do País; os Deputados ao Parlamento Europeu; e os autarcas.

Perante esta evidência de poder ao dispor do eleitorado, qualquer insatisfação ou mal-estar terá de resultar da sua inadequada escolha. E esta sempre passível de reparação no acto eleitoral subsequente.

E se ao eleitorado se colocar a questão outra de todos os candidatos lhe não merecerem credibilidade, será sempre de relevar a possibilidade de, no seio partidário, fazer valer a sua vontade de mudança.

Em boa verdade, o sistema democrático sobreleva todos os demais exactamente porque assenta na vontade de todos os cidadãos. São eles que elegem, logo não poderão eximir-se às responsabilidades da sua decisão.

Até sempre!

Gabriel de Fochem

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