Dizia-me um velho e querido Amigo, falecido há muitos anos, que a perenidade do Estado Novo trouxera uma única vantagem: a de testar a resistência dos seus opositores. A idade traz consigo o tal saber de experiência feito. E se os tempos são outros, agora, semelhantes serão na sua acção de testar a resistência.
Aquando da queda da ditadura, eram mais as lapelas do que os cravos. Só que, como muito bem disse um velho resistente, «Nem todos os que estão, são; nem todos os que são, estão.»
Muito se comentam os «desvios» do PREC. E que fizeram os arautos da «pureza» dos Ideais de Abril? O 25 de Novembro de 1975!
Hoje, trinta e três anos passados à sombra tutelar do 25 de Novembro de 1975, a «pureza» dos Ideais de Abril aí está! E estará para durar, posto que, no agudizar da situação actual, tudo indica serem os responsáveis pelo descalabro quem irá reparar o dano.
Nesta insólita situação, pergunto-me se o meu país é um balão de ensaio onde uns quantos aprendizes de feiticeiros se comprazem em experimentar tropelias de mau gosto.
Até sempre!
Gabriel de Fochem
Gabriel de Fochem
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