Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

06 - ROMANCEIRO * N' A jangada de pedra

Homenagem a José Saramago



N' «A jangada de pedra» partiste.
Tenebroso é o mar, nós sabemos,
mas, à vela ou à força de remos,
sempre chega quem nunca desiste.

«Levantados do chão», nós seremos
a certeza de nós que entreviste
mais além do «Mostrengo» que existe,
porque mais Cabos Não dobraremos.

Na memória dos nossos avós,
vem o sonho que apenas se faz
quando um homem tem pão e tem voz.

Chegaremos. E tu estarás,
sorridente, no meio de nós,
nesse cais de verdade e de paz.



José-Augusto de Carvalho
20 de Junho de 2010.
Viana*Évora*Portugal

2 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Que bom ter encontrado este especial espaço!
Voltarei sempre...
Um abraço

Anónimo disse...

Muito obrigado, prezada Zélia.
Abraço.
José-Augusto