Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

terça-feira, 3 de abril de 2012

08 - CIDADANIA * A sede do município em questão


Durante séculos, a sede do município foi no castelo, naturalmente. Suponho que ainda no século XVII ou já no início do século XVIII, foi a sede transferida para o edifício construído na Praça hoje designada da República. Passava, portanto, de um lugar nobre para outro não menos nobre.
Já nos nossos dias, isto é, na segunda metade do século XX, entenderam os políticos da época transferir a sede do município para um edifício afastado da zona nobre da vila. Não conhecemos os motivos que determinaram a mudança, mas, ainda que desconhecendo-os, permitimo-nos rejeitá-los exactamente porque nos recusamos a entender a sede do município noutro local. Compreendemos, evidentemente, o argumento de o edifício da Praça da República ser insuficiente para todos os serviços municipais, mas tal argumento, válido, com toda a certeza, não poderia nem deveria ter determinado uma mudança integral.
Em muitas cidades e vilas do nosso país, os serviços municipais estão distribuídos por vários edifícios, mantendo sempre, todavia, as sedes nos locais originários ou nobres. Assim sendo, que estranha originalidade a nossa!
Quanto à Biblioteca Municipal, espaço terá no edifício camarário da Rua Brito Camacho por permuta com alguns dos principais serviços municipais a regressarem à Praça da República. E que esta sugestão seja entendida como provisória, isto é, até outro local ser encontrado, quer em edifício construído quer se tentada a adaptação porventura da Escola de São João, quando esta for definitivamente abandonada como espaço escolar.
Até sempre!

José-Augusto de Carvalho
Viana, 3 de Abril de 2012.

Em tempo: Ainda que tardiamente, aqui reclamamos o direito à opinião.

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