Crónica do quotidiano
Hoje, encontrei um ex-colega de profissão e amigo
de longa data. Porque ambos tínhamos tempo disponível, convidei-o para beber um
café numa esplanada desta Lisboa onde habitamos.
Conversámos da Vida e de peripécias dos tempos idos
e actuais. É bom rever amigos e conversar. Depois, chamei o empregado e paguei.
Dois cafézinos --- três (3) euros. Surpreendido, perguntei o porquê do preço exagerado. O empregado, gentilmente, reconheceu o exagero e justificou-o com o preço que a Câmara Municipal cobra pela utilização do espaço público.
Dois cafézinos --- três (3) euros. Surpreendido, perguntei o porquê do preço exagerado. O empregado, gentilmente, reconheceu o exagero e justificou-o com o preço que a Câmara Municipal cobra pela utilização do espaço público.
Partimos juntos até uma paragem do metro, onde o
meu amigo teria transporte para rumar a casa.
Enquanto caminhávamos, a pé, interrogámo-nos: o
Poder Local, que reconhecidamente apoiamos pela sua importância, não atentará na
situação que cria? Pois, é que se o comerciante paga caro o espaço, imputá-lo-á
ao consumidor. Ora porque assim é, a Câmara Municipal é directamente responsável
pelo exagero que assalta a bolsa dos seus munícipes.
Evidentemente que estou atento ao rifão: Na
primeira cai um qualquer; na segunda só cai quem quer. No entanto, retiro
esta lição do ocorrido: terei de precaver-me, sabendo que a Câmara Municipal não
protege os seus munícipes.
Dizia-se, antigamente: Não preciso de tostões,
preciso é de milhões. Vale o aforismo, pois o exagero que paguei não
afectará a minha bolsa. A questão que deixo aqui é a do exagero, apenas.
Oxalá que este exagero não seja a primeira passada da tal estrada de mil léguas que sempre começa por uma passada...
Oxalá que este exagero não seja a primeira passada da tal estrada de mil léguas que sempre começa por uma passada...
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 24 de Setembro de 2013.
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