Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

02 - POESIA VIVA * O malmequer silvestre


CLAVE DE SUL

O malmequer silvestre







Despetalo o silvestre malmequer:

bem me quer… mal me quer…



Neste apelo ancestral de tosco rito,

tento aqui perceber

as auroras ainda por nascer

de um devir que ao presente é interdito.



Bem me quer… mal me quer…

Sem render-me, eu serei o que puder…



A que angústias me dou e me macero?

Meu será este encontro de futuro!

Mais além do que dure eu sei que duro

no plural horizonte onde me quero!



Bem me quer… mal me quer…

Só depende de mim o bem me quer!...





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 25 de Setembro de 2017.



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