CLAVE DE SUL
O malmequer silvestre
Despetalo o silvestre malmequer:
bem me quer… mal me quer…
Neste apelo ancestral de tosco rito,
tento aqui perceber
as auroras ainda por nascer
de um devir que ao presente é interdito.
Bem me quer… mal me quer…
Sem render-me, eu serei o que puder…
A que angústias me dou e me macero?
Meu será este encontro de futuro!
Mais além do que dure eu sei que duro
no plural horizonte onde me quero!
Bem me quer… mal me quer…
Só depende de mim o bem me quer!...
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 25 de Setembro de 2017.
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