(TEMPO DE SORTILÉGIO)
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Em louvor da Vida
Na dimensão do todo, encontro-me plural.
Deveras quero ser uma acha da fogueira.
Anónima, uma acha, entre outras, da lareira
ardendo no teu lar em noite de natal.
Que importa se o natal apenas é um mito?
Importa é que no frio o fogo te acalente
e que no teu sonhar não sintas interdito
o mágico devir que alente o teu presente.
No ventre da mulher germina a utopia
da vida que floresce em cada primavera,
num ciclo que se cumpre em transe natural.
Na tua/minha voz suave a melodia
que a condição de ser e de mistério gera,
louvando em cada parto o mito do natal.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 7 de Dezembro de 2017.
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