Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

17 - POEMÁRIO * A sol-pôr



(Tuphy vive!) 


Ao sol-pôr 







Eu dei-me numa tarde de Novembro. 

Comigo só ficou o teu sorriso, 

agora que de ti apenas lembro 

o nada-tudo de que só preciso. 



Não mais o tempo em flor de Primavera! 

Não mais o verde-mar do teu olhar! 

Agora, sou, sozinho, a minha espera, 

outra espera de nós neste ficar. 



Germinou a semente e foi raiz. 

Surgiu-cresceu o caule e deu-se flor. 

Milagre de existir que assim nos quis 

do sol nascente até ao meu sol-pôr. 



O mais que houver será uma outra espera 

de um outro tempo, de outra primavera… 





José-Augusto de Carvalho 
21 de Novembro de 2018. 
Alentejo * Portugal

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