(Tuphy vive!)
*
Ao sol-pôr
Eu dei-me numa tarde de Novembro.
Comigo só ficou o teu sorriso,
agora que de ti apenas lembro
o nada-tudo de que só preciso.
Não mais o tempo em flor de Primavera!
Não mais o verde-mar do teu olhar!
Agora, sou, sozinho, a minha espera,
outra espera de nós neste ficar.
Germinou a semente e foi raiz.
Surgiu-cresceu o caule e deu-se flor.
Milagre de existir que assim nos quis
do sol nascente até ao meu sol-pôr.
O mais que houver será uma outra espera
de um outro tempo, de outra primavera…
José-Augusto de Carvalho
21 de Novembro de 2018.
Alentejo * Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário