São os campos imensos,
sem suor e sem pão...
São os músculos tensos,
tensos, tensos em vão...
São tão rudes e densos
estes campos de estevas!
São tão negros os lenços
de miséria e de trevas!
São inúteis os dias,
mortos de desencanto,
a gritar agonias
em sepulcros de espanto...
Amargurada terra,
quem de ti te desterra?
sem suor e sem pão...
São os músculos tensos,
tensos, tensos em vão...
São tão rudes e densos
estes campos de estevas!
São tão negros os lenços
de miséria e de trevas!
São inúteis os dias,
mortos de desencanto,
a gritar agonias
em sepulcros de espanto...
Amargurada terra,
quem de ti te desterra?
José-Augusto de Carvalho
Viana, 30 de Abril de 1998.