Procuro em cada verso o verbo raro
que dá ao Belo , exacta, a dimensão .
E vou e retrocedo, e nunca paro,
porque à vulgaridade digo não .
Que o Belo ganhe as formas apolíneas
e dê sentido e luz e cor à Vida!
Que seja a força contra as ignomínias ,
sangrando embora em cada arremetida.
A fome sabe à raiva que desperta
caminhos que há em mim adormecidos.
É como um grito lúcido de alerta
da tumba erguendo os mártires traídos.
E um baile de recorte tão dantesco
assombra o chão de nós a vegetar ...
Além , daquele já delido fresco ,
eu quero a bela Daphne por meu par...
José-Augusto de Carvalho
6 de Outubro de 2007
Viana do Alentejo * Évora * Portugal
1 comentário:
Vim pelos "pelos Tempos do Verbo"...
Cheguei aqui,já passado o Verão!!
(Alem do Horizonte ou em Palavras soltas...)
Cada um do seu jeito lê/escreve a poesia que brota dos dedos, frutos de rasgar d'Alma...
Desse Verbo Raro...
Um Passo de Dança no rodopiar da Vida - Amar a Vida, Sempre!
Lutar pelo que acreditamos também continua a valer a pena embora quantas vezes sejamos tentados a duvidar.
(Que a poesia é uma arma,,,)
Voltarei!
Att,
Um Abraço,
Maria Jose
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