Sabemos que a palavra política nos chegou dos gregos e que significa o governo da cidade.
Partindo daqui, poderemos entender por micro-política o governo do nosso lar e por macro-política o governo dos países. Creio bem ser pacífico este raciocínio.
Qualquer cidadão responsável sabe governar o seu lar. É uma situação comum. Fundamentalmente, sabe que nunca poderá «dar o passo maior do que a perna». Ah, estes ditados, sempre tão carregados de sabedoria!
Qualquer um destes cidadãos responsáveis --- e tantos, tantos são! --- sabe que o seu orçamento terá de atender às necessidades, partindo das mais urgentes para as menos urgentes, e por aí... até esgotar a hierarquização que estabeleceu. Sabendo muito bem que é para toda a família a comida que põe na mesa. E para além da mesa, tudo o mais, evidentemente.
Isto é tão claro, que até parece uma aberração estar a dizê-lo.
Ora, a realidade é subvertida quando se passa da micro-política, a tal que me permiti definir como o governo do lar.
No governo da cidade sucede o que todos sabemos. No governo do país, dos países, do mundo inteiro, afinal, igualmente sabemos. E seria fastidioso estar a enumerar as tantas e tantas situações que quotidianamente nos assaltam, nos ferem, nos magoam, nos indignam, nos envergonham...
É tempo de desmistificar o papão da política!
É tempo de desmistificar os autoproclamados políticos, que se consideram iluminados e que, afinal ---está à vista de todos! --- são os causadores de todos os males sociais que quase nos fazem descrer da humana condição.
Gabriel de Fochem
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