Sofremos, e na dor do sofrimento,
gerámos esta força de ir avante.
Oh, minha terra amada, dá-me alento
p'ra que de cada queda me levante!
Regámos cada morto com o sal
das lágrimas choradas no desgosto.
Oh, minha terra amada, tanto sal
abriu em chaga as rugas do meu rosto!
Fizemos um poema de louvor
das modas p'lo trabalho consagradas.
Oh, minha terra amada, e tanto amor
por jornas de tão baixas desgraçadas.
Sentimos que chegara um tempo novo
naquele amanhecer de Abril em festa!...
Oh, minha terra amada, tanto povo
sofrendo agora o nada que nos resta!
Mas sempre nesta força de ir avante,
não esmorece o tempo nem o alento.
Oh, minha terra amada, que o teu Cante
não silencie o teu encantamento!
José-Augusto de Carvalho
5 de Janeiro de 2012.
Viana*Évora*Portugal
In «Clave de Sul», em preparação
In «Clave de Sul», em preparação
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