Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

10 - JORNAL DE PAREDE * Ah, velho Esopo!...


A rã e o escorpião

Uma rã estava à beira de um rio quando um escorpião lhe pediu que o deixasse ir nas suas costas para a outra margem do rio.
- És doido! – diz-lhe  – ferras-me o teu veneno e matas-me!
- Ora, não tenhas medo. Evidentemente que se te matasse também morreria – argumentou o escorpião.
- E como que é que eu vou saber que não me vais matar quando atingirmos a outra margem? – perguntou a rã.
- Ora, ora… quando chegarmos ao outro lado eu estarei tão agradecido pela tua ajuda que não te vou pagar esta gentileza com a morte.
Os argumentos do escorpião até eram lógicos. A rã pensou, pensou e decidiu aceder.
O escorpião acomodou-se nas costas macias da rã e começaram a travessia.
A meio da travessia do rio o escorpião ferra o veneno na rã, que começa a desfalecer.
- Seu tolo – gritou a rã – agora vamos os dois morrer! Porque fizeste isto?
- Desculpa, mas não pude evitar. Esta é a minha natureza.

Moral da história – Por mais que se tente evitar, mais cedo ou mais tarde, cada um acaba por revelar a sua natureza.

Fábula de Esopo


Sem comentários: