Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

17 - POEMÁRIO * O lumaréu!


(TEMPO DE SORTILÉGIO) 
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O lumaréu! 





A Leste, um deslumbrante lumaréu 

sacralizando a fronte da manhã! 

Que lindo, assim rosado, fica o Céu! 

Sinto o sabor maduro de romã! 



O Paraíso existe mesmo, sim! 

É este desafio de infinito 

que vejo aqui olhando para mim, 

é este céu que fascinado fito. 



Nem Eva nem Adão eu descortino, 

que nesta dimensão não cabe o mito. 

Aqui só sinto e vejo e me alucino 

com estes horizontes de infinito! 



Rastejam por aqui serpentes várias… 

Nos ramos, baloiçantes, há maçãs… 

Que importa? Eu louvo e canto em minhas árias 

a luz e a cor de todas as manhãs. 



Ah, que ninguém apague o lucilar 

dos astros e o carmim do amanhecer! 

Que eu sinta no meu peito a palpitar, 

agora e sempre, o dia por nascer!... 





José-Augusto de Carvalho 
16 de Agosto de 2018. 
Alentejo * Portugal

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