Recupero de texto já publicado a excelente frase de um meu conterrâneo: «Só todos juntos sabemos tudo.»
Arrisco afirmar que esta frase tem um alcance invulgar e, por isso mesmo, deveria figurar em todos os manuais de conduta.
Várias vezes, em conversas com gente da minha gente, encontro sugestões que considero de grande valia conducentes a aprofundar situações e a estudar soluções.
Evidentemente que estas conversas dificilmente chegarão ao conhecimento de quem conduz os nossos destinos.
E se aqui não discuto a legitimidade de quem tem o poder de decidir, já discuto a perda destas sugestões, até porque relevarão em valia muitas das decisões que são tomadas.
Todos sabemos ser tarefa de qualquer poder político a gestão quanto baste das necessidades correntes; mas também todos sabemos que qualquer força política tem a sua ideologia e desta decorrem definidas propostas de melhoria de uma qualquer situação em análise, das muitas situações que existem e que vão muito para além das supracitadas necessidades genéricas correntes.
Por tudo isto, será de colocar estas interrogações:
Como chegámos aqui?
Por que chegámos aqui?
Será que o Povo aceita passivamente quanto o Poder Político decide?
Que motivos levaram o Povo ao distanciamento, ao afastamento da res publica?
Que motivos levaram o Povo a assumir posições claras nos actos eleitorais, quer abstendo-se, quer votando em branco, quer votando nulo, em percentagens relevantes?
Será que as forças políticas estão esticando a corda até esta se partir?
Será que as forças políticas se recusam a ver que estão deficientemente servindo a democracia --- Democracia enquanto Poder do Povo?
Se, etimologicamente falando, Democracia é igual a Poder do Povo, fica claro que democracia sem povo é coisa nenhuma. E é isto que me preocupa enquanto cidadão.
Até sempre!
Gabriel de Fochem
26 de Setembro de 2014.
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