Olavo Bilac (1865-1918) foi um poeta, contista e jornalista brasileiro. Escreveu a letra do Hino à Bandeira brasileira. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº 15. Foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética.
Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro de 1865. Filho do cirurgião do exército, Brás Martins dos Guimarães e de Delfina Belmira Gomes de Paula, só conheceu o pai em 1870, quando este voltou da Guerra do Paraguai. Teve uma infância cercada de histórias e hinos militares. Em 1880, entrou para a Faculdade de Medicina e depois Direito, sem concluir nenhum dos cursos.
Olavo Bilac dedicou-se à poesia e ao jornalismo, publicou suas primeiras poesias, em 1883, na Gazeta Acadêmica. Nesse mesmo ano, conheceu Alberto de Oliveira e sua irmã Amélia de Oliveira, por quem se apaixonou, mas foi impedido de casar, pois a família não aceitava a vida boêmia do poeta.
Passou a colaborar com vários jornais e revista como “Gazeta de Notícias” e o “Diário de Notícias”. Em 1886, colaborou em “A Semana”, juntamente com Machado de Assis, Alberto de Oliveira, Coelho Neto, Raimundo Correia, Aluízio Azevedo e outros. Em 1888, Olavo Bilac publicou seu primeiro livro, “Poesias”, contendo as “Panóplias”, “Via Láctea” e “Sarças de Fogo”.
Republicano e nacionalista, Olavo Bilac escreveu, em 1889, a letra do “Hino à Bandeira”. Opondo-se ao governo de Floriano Peixoto, em 1893, foi preso e exilado em Ouro Preto, então capital de Minas Gerais, onde escreveu “O Caçador de Esmeraldas”. Em 1897, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Em 1907, no auge da popularidade, é eleito o primeiro “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, em um concurso promovido pela revista Fon-Fon. Em 1914, nomeado pelo governo de Venceslau Brás, Bilac viajou pelo Brasil, fazendo campanhas cívicas em prol da alfabetização e do serviço militar obrigatório. Em 1915 fundou a Liga de Defesa Nacional realizando várias conferência cívicas.
Olavo Bilac formou junto com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, a famosa “Tríade Parnasiana”, inspirado na mitologia greco-romana, abordando-a nas poesias “O Julgamento de Frinéia”, “Messalina”, “Lendo a Ilíada” etc. O livro “Profissão de Fé” se tornou uma espécie de postulado do Parnasianismo. Para ele, o poeta deveria trabalhar as palavras minuciosamente, procurando a perfeição formal, a pureza linguística e a elegância do vocabulário.
Olavo Bilac morreu no Rio de Janeiro, no dia 28 de dezembro de 1918.
Obras de Olavo Bilac
Poesias, 1888
Via Láctea, 1888
Sarças de Fogo, 1888
Crônicas e Novelas, 1894
O Caçador de Esmeraldas, poesia, 1902
As Viagens, poesia, 1902
Alma Inquieta, poesia, 1902
Poesias Infantis, 1904
Crítica e Fantasia, 1904
Tratado de Versificação, 1905
Conferências Literárias, 1906
Ironia e Piedade, crônicas, 1916
A Defesa Nacional (1917)
Tarde, poesia, 1919 (publicação póstuma)