Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

02 - POESIA VIVA * A LUIS DE CAMOENS



(A MINHA ANTOLOGIA)


.
A LUIS DE CAMOENS

(A Luís de Camões)





Sin lástima y sin ira el tiempo mella

Sem compaixão nem ira, o tempo oxida

Las heroicas espadas. Pobre y triste

as heróicas espadas. Pobre e triste

A tu patria nostálgica volviste,

à nostálgica pátria regressaste,

Oh capitán, para morir en ella

oh capitão, para morreres nela


.
Y con ella. En el mágico desierto

e com ela. No mágico deserto

La flor de Portugal se había perdido

a flor de Portugal perdida estava.

Y el áspero español, antes vencido,

E o áspero espanhol, antes vencido,

Amenazaba su costado abierto.

ameaçava o teu dorso sem defesa.


.
Quiero saber si aquende la ribera

Quero saber se aquém da ribeira

Última comprendiste humildemente

última compreendeste humildemente

Que todo lo perdido, el Occidente

que o todo que perdeste, o Ocidente


.
Y el Oriente, el acero y la bandera,

e o Oriente, o aço e a bandeira,

Perduraría (ajeno a toda humana

perduraria (alheio a toda a humana

Mutación) en tu Eneida lusitana.

mutação) na tua Eneida lusitana.


*
Jorge Luís Borges

(Tradução de José-Augusto de Carvalho)

Sem comentários: