Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

domingo, 6 de maio de 2018

02 -POESIA VIVA * O mesmo canto



(…e contigo eu morri nesse dia!) 


O mesmo canto 






Quis dar-te o sol de Julho, o sol do meio-dia! 

O mesmo sol que ardia 

naquele dia já antigo em que eu nasci. 

Eu sei que é utopia 

querer que seja teu o mesmo sol que ardia 

e que eu também perdi. 





Irrepetível foi --- fugaz deslumbramento, 

aquele meu momento, 

que quis que fosse teu, de natalício espanto. 

Que valha a comunhão 

de só um coração 

palpitar no teu peito e no meu o mesmo canto! 





José-Augusto de Carvalho 
Alentejo, 6 de Maio de 2018.

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