Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

segunda-feira, 31 de março de 2008

10 - JORNAL DE PAREDE * Ainda sobre o livro «Da Humana Condição»



Texto lido no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Viana do Alentejo, em 29/3/2008.


Estar aqui, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Viana, é estar em casa, em minha casa.
Em Viana nasci, na Rua dos Fragosos, há setenta anos. Daqui parti, aos dezoito anos, para ir ganhar a vida. Regressei quarenta anos depois.
A saudade destas ruas e destes campos circundantes foi um bálsamo que sempre adoçou o amargor da ausência.
A reintegração neste ambiente sofreu perturbações, incompreensões, dissabores, que venci; e demonstrações de apreço e carinho, que guardo no meu coração.
Sou um homem do povo, um entre todos os demais. Com os mesmos direitos, com os mesmos deveres. Nada mais.
Ofereci a disponibilidade da minha cidadania. Fui apoiado por uns, fui ignorado por outros, fui ainda insultado por uns quantos.
Enfim, cada um, à sua maneira, mostrando a nudez da sua verdade e da sua índole.
E o sol que nos alumia mostrando a quem quer ver que está tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.
Ao executivo da Junta de Freguesia de Viana devemos esta cerimónia de lançamento de dois livros de poesia: «O Livro do Regresso», do poeta conimbricense Xavier Zarco; e «Da Humana Condição», um ramalhete de versos que escrevi.
A Xavier Zarco devo o favor da apresentação do meu livro.
A Jorge Castelo Branco, responsável pela Edium Editores, devo a edição deste mesmo livro.
A quantos se associaram a este momento tão importante para mim, ficarei devendo a sua benevolente participação.
No meu livro encontrarão a intranquilidade dos Tempos de Hoje, mas também a perspectiva dos Tempos do Amanhã.
Reitero aqui uma verdade de todos os tempos:
Ai de nós se permitirmos que os outros façam o que apenas nós temos o dever de fazer!
Bem-hajam!

José-Augusto de Carvalho
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