Conheço ainda todos os caminhos
que cruzam estes campos malamados.
Aqui, eram mais densos os montados
e neles o temor fazia os ninhos…
Além, as limpas abrem horizontes
que foram já de pão e dura faina.
Ainda, abandonados, ermos montes
resistem ao torpor que não amaina.
No inverno, venta rijo e dói o frio.
No estio, o sol requeima sem piedade.
Deambula o tempo como um cão vadio
que, dócil, nem da fome já se evade…
E eu fico perguntando-me, obstinado,
que espero, aqui, inútil e parado?
José-Augusto de Carvalho
25 de Novembro de 2011.
Viana*Évora.Portugal
1 comentário:
uma pergunta para a qual só cada um de nós sabe a resposta, ou busca-a. Bjs
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