Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

sábado, 8 de dezembro de 2018

03 - O MEU RIMANCEIRO * Da pluralidade



O MEU RIMANCEIRO 
(QUE VVA O CORDEL!) 


Da pluralidade 



No reino do faz de conta, 

a identidade é plural: 

contradição ou afronta 

é condição natural. 



Há um reizinho qualquer, 

se é reino tem de ter rei, 

ora homem, ora mulher, 

a pluralidade é Lei. 



Ser isto ou o seu contrário, 

ser avesso ou ser direito, 

tudo consta do inventário 

onde se almeja o perfeito. 



Ser diverso ou ser afim, 

géneros em profusão! 

Que louvar a Deus sem fim 

desta plural criação. 



Do diverso ao semelhante, 

do que viste ao que não viste, 

tudo o que existe garante 

que é criação, logo existe. 



Tudo o mais é preconceito, 

porquês da Filosofia 

porque ignora o Direito 

de existir da pandemia. 



Não há por que haver porquê. 

Seja o que à Vida aprouver! 

E no fim, logo se vê! 

Que seja o que Deus quiser! 




José-Augusto de Carvalho 
8 de Dezembro de 2018. 
Alentejo * Portugal

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