Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

domingo, 30 de dezembro de 2018

17 - POEMÁRIO * O jogo


TEMPO DE SORTILÉGIO 


O jogo 







Que vivas as certezas que te deste, 

no espaço e neste tempo que é o teu! 

Efémero é o tempo que me veste, 

o tempo que só dúvidas me deu. 



Certezas tenho duas, que não mais! 

Sei que nasci e sei que vou morrer. 

No meu percurso, enxergo alguns sinais: 

quais devo preterir ou escolher? 



Um jogo que é de azar me deu a vida. 

O acaso que é dos dados desconheço. 

Não tenho alternativa na partida: 

dependo do que for cada arremesso. 



Na sorte arrisco tudo --- ou ganho ou perco… 

Que existe além da angústia deste cerco? 





José-Augusto de Carvalho 
30 de Dezembro de 2018. 
Alentejo * Portugal

Sem comentários: