Oxalá saibamos libertar o nosso
PoetaMaior
da angústia que levou para o
túmulo...
Não mais, Musa, não mais a lira que
tenho
Destemperada e a voz enlouquecida.
E não do canto, mas de
ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com
que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está
metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil
tristeza.
Luís Vaz de Camões
(Os Lusíadas,
Canto X, 145).
publicado por Do-verbo às 17:21
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