Nas estradas e encruzilhadas da vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

08 - CIDADANIA * Evocando Camões


Oxalá saibamos libertar o nosso PoetaMaior

da angústia que levou para o túmulo...



Não mais, Musa, não mais a lira que tenho

Destemperada e a voz enlouquecida.

E não do canto, mas de ver que venho


Cantar a gente surda e endurecida.

O favor com que mais se acende o engenho

Não no dá a pátria, não, que está metida

No gosto da cobiça e na rudeza

Duma austera, apagada e vil tristeza.



Luís Vaz de Camões
(Os Lusíadas, Canto X, 145). 
publicado por Do-verbo às 17:21

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