Nem um palmo tinha
de terra que fosse minha!
A lonjura das herdades
ganhava ao longe da vista...
E o sangue do meu suor
a tudo deu de beber!
Não há homem que resista
quando tudo tem de dar
e nada que receber!
Quando até o pão que é seu
é obrigado a pagar..
Fui a gleba, fui a fome
Não tinha terra nem nome...
José-Augusto de Carvalho
In «arestas vivas», 1980.
Sem comentários:
Enviar um comentário